Na coluna de terça-feira, mencionei a recente manifestação da Sociedade Internacional de Menopausa sobre os benefícios da reposição hormonal. No entanto, durante seu encontro anual, realizado entre 10 e 14 de setembro, a entidade foi além e lançou uma cartilha para ajudar empregadores a acolher mulheres nessa fase.
Stephanie Faubion, diretora médica da sociedade, destaca: “Falar sobre menopausa é falar sobre saúde e bem-estar. É fundamental entender e apoiar quem enfrenta sintomas que afetam a qualidade de vida e abrir espaço para que expressem suas necessidades. Assim como menstruação e gravidez, a menopausa é uma transição natural vivida por metade da população mundial.” O documento, intitulado “Making Menopause Work”, reflete essa abordagem.
Faubion ressalta que mulheres com 50 anos ou mais representam o grupo demográfico que mais cresce, trazendo uma contribuição significativa para famílias e comunidades. Criar um ambiente acolhedor é essencial para reter essa força de trabalho experiente, especialmente porque a menopausa geralmente ocorre entre os 45 e 55 anos. Cerca de 20% das mulheres nessa fase enfrentam sintomas severos que podem interferir em suas vidas pessoais e profissionais.
Os dados são alarmantes: cerca de 47 milhões de mulheres entram na menopausa anualmente e, até 2030, estima-se que haverá um bilhão de pessoas nessa condição. O silêncio sobre o assunto gera custos altos para as empresas, estimando-se perdas de US$ 1,8 bilhão (R$ 10 bilhões) anualmente devido a faltas e perda de produtividade.
Reconhecendo que a força de trabalho está cada vez mais envelhecendo e ocupando posições chave, a Sociedade Internacional de Menopausa criou guias práticos para gestores e colaboradores, incluindo sugestões como horários flexíveis e uniformes mais frescos para aliviar sintomas como ondas de calor.
Fonte G1
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Por Mariza Tavaves
